quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Vale


Noite fria , onde nada poderia esquentar um coração em pedaços e uma mente perturbada.
Bones, decide sair pelas ruas de sua cidade , pequenina , que mesmo assim mal conhecia todos os caminhos.
A penumbra era enorme. Caminhava sem rumo apenas com a luz da luz , que por sinal era noite de lua cheia - nada espetacular , mas Bones acreditara nas nas noites de lua cheia , devido a intensidade da luz , o Universo conspirava algo bom para seu destino - e saí sem rumo, na noite fria que Julho.
Caminha Por longas 3 horas, sem saber exatamente onde queria chegar, seu ponto final , sua trajetória era o instinto que cada batida de seu coração aflito dava.
Escuridão. Bones começa a ficar aflita - Ela sabia dos riscos que corria caminhando pela cidade, pela madrugada , mas o desespero de sentir-se livre : gritava , e não pode procrastinar essa vontade.
Suas pernas já estavam cansada , devido ao seu corpo fraco e levemente esquálido que apresentara. 
Depois de um tempo Bones depara-se com um Penhasco , onde não tinha saída e não pudia dar passas para trás , era como se suas pernas estivessem coladas e impossibilitadas de dar esses passos para sair daquela situação. 
Mas o engraçado foi que ao olhar - ou melhor - tentar enxergar algo no fundo do Penhasco , Bones escutar gritos desesperados de ajuda , gemidos com tom de dor , súplicas de ajuda ... mas não conseguira enxergar o rosto das pessoas de onde vinha as vozes .
E em um momento de plenitude e podemos dizer que uma certa calma , Bones liga os fatos e consegue perceber que está diante do " Vale dos Suicídas" . Sim, só poderia ser aquele vale que tanto ouvira falar.
Mas a mesma não tinha opções de sair da lugar - de dar volta - ou jogava-se Vale á baixo ou tentava com suas pernas pequeninas pular a o vão que existia entre um lado e outro que era enorme e sabia que suas pernas não iriam dar conta .
Bones, fica confusa e por segundos não sabe o que fazer .
Até que então decide jogar-se vale á baixo . Afinal , já não tinha mais nada a perder na sua vida, na qual apenas existia , sem ter gosto algum pela sua vida . 
Então Bones , fecha seus olhos , castanhos e joga-se ...
A queda não dura mais que 5 segundos , mas que para Bones parecia uma eternidade .
Mas lembram-se da noite de lua cheia , em que Bones acreditara que o universo conspirava coisas "boas" ?
Ele conspirou aquela noite. 
Parecia coisas de filmes Hollywoodianos , mas era real . Bones fica agarrada por sua roupa em em pedaço de galho. E quando abre os olhos e depara-se com aquela situação entra em desespero...
Mas isso não dura mais que 10 segundos - sim , unidade de tempo em segundos , porque os acontecimentos eram muitos rápidos , verdadeiros "flashs".
E uma voz longinqua , diferente dos gemidos e súplicas de socorro ... Ela escuta uma voz doce que perguntava : 
- Bones, ainda está aí ?
Mas Bones , de imediato não reconhera aquela doce voz. Até que então a pessoa a qual era dona da voz doce que Bones escutara aproxima-se , e mesmo com a noite escura , Bones consegue reconhecer tal alma salvadora .
Era Hanna . Com seus Cabelos pretos , curtos e face marcante ; expressando ternura e um leve sorriso .
Então Hanna diz :
- Eu sabia , por onde você andava. Perdida como eu . Sem rumo e que acabaria chegando aqui. Então meu coração guiou-me para chegar precisamente quando você mais precisava.
Bones , enche seus olhos de lágrimas e fica calada.
- Dê-me suas mãos , rápido. - Disse Hanna.
Bones sem exitar , estica seus braços curtos e finos até alcançar as mãos de Hanna. Que firmemente as seguraram e a puxou de volta para a realidade - assim podemos dizer.
As duas , abraçam-se como se nunca tivessem estados juntas. Um abraço que inundou o corpo de Bones de calor , embora naquela noite o frio era extremo.
-Eu sabia que o Universo iria me soprar algo bom , e esse algo bom foi você : Hanna !
E as duas de mãos dadas , saem pela noite escura , apenas com a luminosidade da lua cheia , pelas ruas (...)



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